O deputado federal Tarcísio Motta (PSOL-RJ) tem buscado ministros do governo Lula para articular a construção de um programa de redução de acidentes e fatalidades em treinamentos militares no Brasil.
O tema ganhou a atenção do psolista depois que um jovem de 18 anos morreu durante seu segundo dia como recruta no 1º Batalhão de Polícia do Exército, no Rio de Janeiro, no ano passado. Familiares afirmam que o rapaz foi submetido a um treinamento excessivo realizado sob sol intenso, que o levou à exaustão. Um procedimento administrativo foi aberto pela força para apurar as circunstâncias do óbito.
"Nós não negamos que tenha que haver treinamento e que ele inclui esforço físico. Mas a tortura é outra coisa. Que tipo de formação você está dando para um oficial que vai usar a força legítima do Estado?", questiona o psolista. "Tem que haver uma resposta institucional."
Depois de oficiar o Ministério da Defesa, Tarcísio recebeu da pasta uma lista com procedimentos adotados pelas Forças Armadas e casos ocorridos nos últimos anos. Um pedido de reunião com o ministro José Mucio Monteiro para tratar do assunto, porém, ainda não foi atendido.
O deputado também buscou o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, para falar sobre sua preocupação, tendo sido recebido no final do ano passado. A ideia do parlamentar, que é pré-candidato à Prefeitura do Rio, é estabelecer as conversas antes de apresentar um projeto de lei junto à Câmara.
"Em vez de protocolar o projeto sem conversar antes, estamos apresentando o problema para que o governo diga, inclusive, o que está fazendo em relação a isso —se é que está fazendo alguma coisa— para que possamos agir em conjunto", afirma o deputado,
"São dezenas de casos de ferimentos graves e de necessidade de hospitalização ou de algum tipo de intervenção médica por causa de treinamentos militares. Precisamos olhar para isso", pontua.
MICROFONE
A atriz e modelo internacional Dani Gondim vai se lançar como cantora. Ela assinou com a gravadora D&E Records para desenvolver um álbum, que deverá chegar ao público neste ano. O convite surgiu após a artista compor e cantar, ao lado do músico Marcinho, "Nuvens de Chantilly". A canção foi feita para o curta-metragem de mesmo nome em que Dani também atua.
"Cantar sempre foi um lugar de muita liberdade para mim. Agora tenho que transformar essa sensação, que sempre foi de conforto, e colocar uma tensão profissional nela", diz.
com BIANKA VIEIRA (interina), KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH; colaborou GEOVANA OLIVEIRA
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