Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu Dengue tecnologia

Bia Kicis diz querer combater deep fake e pressionar por vacina da dengue enquanto líder da minoria

Sucessora de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputada assumirá o posto após o Carnaval

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Recém-eleita líder da minoria na Câmara dos Deputados, Bia Kicis (PL-DF) já começou a elencar pautas que pretende propor aos demais colegas como prioritárias assim que assumir o posto. A regulação da inteligência artificial, o combate à dengue e a defesa de prerrogativas parlamentares estão no seu radar.

Kicis se diz preocupada com a propagação de vídeos que fazem uso da tecnologia deep fake às vésperas das eleições municipais e defende que algum tipo de regulamentação seja pensada até o pleito, que ocorrerá em outubro deste ano.

A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) durante sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, em Brasília - Michel Jesus - 26.abr.2021/Câmara dos Deputados

"É um assunto novo, muito desconhecido ainda, e a gente precisa se debruçar sobre isso. Talvez até pegando lições de quem já está mais adiantado nisso, de fora do Brasil", afirma a deputada federal à coluna.

"Eu sou totalmente avessa à regulamentação das redes sociais. Nos moldes propostos, isso é censura. Mas a inteligência artificial pode acarretar em uma série de danos", acrescenta Kicis, que no ano passado fez oposição ao PL das Fake News, que pretende regular as plataformas.

Sucessora de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na liderança da minoria, a deputada assumirá o cargo oficialmente após o feriado de Carnaval. Kicis diz querer usar a posição para promover o debate sobre a defesa das prerrogativas parlamentares, que, na sua opinião, não estão sendo respeitadas.

Ela endossa os protestos contra operações de busca e apreensão que têm deputados como alvo, como a que ocorreu recentemente contra Alexandre Ramagem, ex-chefe da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Ele é apontado pela Polícia Federal como suspeito de envolvimento no uso ilegal do software espião FirstMile.

"Hoje os parlamentares não têm mais garantia nenhuma. Está lá na Constituição, mas elas [as prerrogativas] estão sendo ignoradas", afirma a apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "É um momento gravíssimo que a gente está vivendo", completa.

A líder da minoria eleita afirma ainda que pretende fazer oposição ao que chama de "libera geral" e "doutrinação" propostos pelo Conselho Nacional da Educação, vinculado ao MEC (Ministério da Educação).

Kicis também quer pressionar o governo federal pela aquisição de vacinas contra a dengue, embora se posicione contra a obrigatoriedade da aplicação e contra a imunização compulsória de crianças.

"A gente está vendo o Brasil viver uma epidemia, e o governo não tem as vacinas. É algo que já era totalmente previsível. Diferentemente da Covid-19, que era uma coisa nova, dengue todo ano tem", diz a deputada. "Tem que ter [a vacina]. Tem que oferecer para as pessoas, e não ficar fazendo corpo mole ou um discurso totalmente desconectado."

A farmacêutica japonesa Takeda, fabricante da vacina contra dengue Qdenga, limitou desde a semana passada o fornecimento de novas doses para hospitais e clínicas particulares no Brasil.

Segundo a empresa, a decisão foi tomada com o objetivo de garantir atendimento prioritário ao Ministério da Saúde, que vai distribuir o imunizante pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O país já teve 144 mil casos confirmados da doença desde o início do ano, segundo painel de monitoramento mantido pela pasta.

Em nota, a empresa afirma que o fornecimento da vacina no mercado privado brasileiro "será limitado para suprir e priorizar o quantitativo necessário para que as pessoas que tomaram a primeira dose do imunizante na rede privada completem seu esquema vacinal".

A Qdenga foi recentemente incorporada ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) e será aplicada a partir deste mês, segundo o Ministério da Saúde. No primeiro momento, a vacinação será destinada a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, que têm maior taxa de hospitalização pelo vírus.


CONFETE

A atriz Alessandra Negrini, rainha do Acadêmicos do Baixo Augusta, usou balões presos à fantasia no desfile que celebrou os 15 anos de existência do megabloco no Carnaval paulistano. A atriz Marisa
Orth também participou do cortejo, que desceu a rua da Consolação, na região central de São Paulo, no domingo (4). O escritor Marcelo Rubens Paiva compareceu à comemoração.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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