O Museu da Diversidade Sexual, que está vinculado à Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo de São Paulo, teve quase metade de seus funcionários demitidos nesta quinta-feira (29).
Dos 29 colaboradores que integravam o equipamento cultural, dez pessoas contratadas em regime CLT e dois estagiários foram desligados. Com as demissões, os setores de educação e museologia ficaram sem nenhum funcionário.
Segundo ex-colaboradores, a justificativa dada foi a de que os cortes ocorreram diante do baixo orçamento previsto para 2024. Alguns deles, porém, dizem que as demissões seriam fruto de uma conduta "LGBTfóbica e higienista" por parte da gestão do museu.
Ainda de acordo com essas mesmas pessoas, a Secretaria da Cultura do estado vinha questionando os salários pagos a alguns funcionários da direção da instituição.
Procurado pela coluna, o governo Tarcísio de Freitas afirma que a equipe do museu está sendo reestruturada "para possibilitar melhor suporte aos visitantes".
"A Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do estado de São Paulo iniciou, no segundo semestre de 2023, a obra de ampliação da sede do Museu da Diversidade, com um investimento de R$ 4,1 milhões e previsão de reabertura até o final deste semestre", afirma o governo paulista.
"O Museu conta com Tony Boita na direção de conteúdo, e a exposição prevista para a reabertura tem curadoria de Amara Moira e Marcelo Campos. Esta nova fase do museu trouxe esta semana um novo site totalmente reestruturado", completa.
O Instituto Odeon, responsável por gerir o espaço, não se manifestou até a publicação deste texto.
Localizado na estação República do Metrô, no centro da capital paulista, o Museu da Diversidade Sexual enfrenta uma crise desde 2022 e não teve seu funcionamento retomado plenamente desde então.
Naquele ano, uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a suspensão do contrato com o Instituto Odeon, que venceu a concorrência para administrar o local.
A decisão se deu após ação apresentada pelo deputado estadual paulista Gil Diniz (PL), também conhecido como Carteiro Reaça, que se disse incomodado com a destinação de R$ 30 milhões para uma instituição que se dedica à cultura LGBTQIA+.
Na sequência, foi iniciada uma obra de ampliação do espaço que durou até junho de 2023. Em outubro, foi concluída a montagem de uma exposição de longa duração, mas que não chegou a ser exibida para o público. Até o momento, não há previsão para a reabertura do espaço.
Enquanto isso, afirmam ex-colaboradores, as obras da exposição seguem montadas e gerando custos de manutenção.
É PIQUE!
O editor Paulo Tadeu, fundador da Matrix Editora, comemorou seu aniversário com uma festa brega em São Paulo, no sábado (24), ao som da da banda Saco de Gatos. A artista plástica Elisa Stecca esteve lá. A comunicadora Surama Chaul e a ex-apresentadora e fundadora do Instituto de Desenvolvimento Humano Lippi, Flávia Lippi, compareceram.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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