A reportagem do New York Times, sobre a recepção da Casa Branca à primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, saudou sua suposta "mudança para o centro". Ela era tratada por Joe Biden como "semifascismo", mas agora "apoia a Ucrânia e suspeita da China".
O mesmo NYT, que vem buscando equilíbrio, destacou até mais o artigo "O que está acontecendo na Itália é assustador e está se espalhando".
Lamenta como "sua admiração por Mussolini, a retórica extrema, tudo foi perdoado" após ela se mostrar "parceira confiável do Ocidente no G7 e Otan". Seu governo trouxe "consequências práticas terríveis aos imigrantes" e busca agora até "enfraquecer a legislação antitortura".
Mais: "Muito de seu significado é mostrar como a extrema direita pode derrubar barreiras históricas com a direita. Aliados de Meloni estão no poder na Polônia, também legitimados pelo apoio à Ucrânia, na Suécia, na Finlândia. Eles rejeitavam a União Europeia e hoje buscam transformá-la por dentro. Ameaçam se tornar o futuro da Europa. Os conservadores britânicos ecoam a obsessão de Meloni com 'nascimentos, não imigrantes'; franceses como Éric Zemmour dão como modelo em 'unir as forças da direita'; e até na Alemanha se tensiona a recusa dos democratas-cristãos [CDU] a acordos com a AfD".
Dias atrás, em entrevista à rede alemã ZDF, o líder da CDU falou em possível colaboração com o partido de extrema direita "no nível municipal". Foi logo depois de sair, pelo tabloide Bild, pesquisa mostrando que a AfD já está em segundo, a quatro pontos dos democratas-cristãos —e crescendo em cima deles.
A extrema direita avança pela Europa num momento em que, segundo especial de primeira página do Wall Street Journal, "Os europeus ficam mais pobres à medida que os americanos ficam mais ricos".
AGRO ESTRANGEIRO
Acima, na Bloomberg, "ADM diz que lucros bateram [projeção] impulsionados por safra recorde de soja no Brasil". A americana Archer-Daniels-Midland, "uma das maiores comerciantes de safras do mundo, tirou proveito do aumento da capacidade portuária no Brasil". Semana que vem saem os balanços de Bunge e Cargill, outras duas gigantes também do Meio-Oeste americano.
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