Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Exportações chinesas são derrubadas pelos EUA, diz Caixin

Vendas para Europa e Japão caíram em julho, 'enquanto para Rússia permaneceram altas'; importações também sofrem

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A agência chinesa Xinhua conseguiu despachar que "Comércio exterior da China cresce 0,4% nos primeiros sete meses" e que "exportações cresceram 1,5% ano a ano". Ecoou do diário Xin Jing Bao, de Pequim, ao portal Guancha, de Xangai.

Mas o site financeiro Caixin, de Pequim, não cedeu e destacou que "Exportações em julho caíram 14,5% na comparação anual, a maior [queda] desde 2020" (imagem reproduzida abaixo). Elas foram "arrastadas pela contínua demanda externa lenta".

Reprodução/Caixin

O site enfatiza que "as exportações da China para economias desenvolvidas como os EUA caíram mais rapidamente do que o declínio geral, enquanto as exportações para a Rússia permanecem em nível alto". Também Europa e Japão compraram abaixo da média. Para o financeiro Yicai, de Xangai, a queda se deveu "à falta de ímpeto de recuperação na economia global".

No South China Morning Post, de Hong Kong, "Exportações caem 14,5%, ressaltando desaceleração". As vendas "fracas, causadas pela demanda global em queda, aumentam pressão para Pequim estimular o consumo interno". No britânico Financial Times, "Exportações chinesas sofrem pior queda desde início da pandemia" e "aumenta pressão sobre Pequim para medidas maiores".

Segundo o Wall Street Journal, "as outras potências exportadoras da Ásia também enfrentam queda na demanda global", caso da Coreia do Sul, com redução de 16,5% nas exportações. "Economistas preveem que ventos contrários ao crescimento nos EUA e Europa, resultado de pressões inflacionárias, continuarão a reduzir os gastos do consumidor e empresariais pelo resto do ano, com ameaça de recessão."

A exemplo do SCMP, a Bloomberg deu atenção também às importações chinesas, que caíram 12,4%, uma redução "bem mais profunda do que os economistas esperavam", segundo seu próprio levantamento.

DISSOCIAÇÃO

As vendas chinesas cada vez menores para os EUA já haviam sido destacadas na véspera pelo Washington Post, com dados americanos para os primeiros cinco meses, redução de 24% na comparação com o período em 2022. Com isso, o México se tornou o maior parceiro dos EUA. O Global Times, ligado ao PC Chinês, reagiu:

"Embora alguns políticos e meios de comunicação possam considerar um resultado desejável, na verdade isso aponta para a dor que o esforço de 'dissociação' dos EUA trouxe para a cooperação econômica. Não é uma conquista, mas algo de que deveriam se envergonhar, porque o empresariado dos dois países está sofrendo e as duas economias estão a caminho de enfrentar mais desafios."

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