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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Ana Estela Haddad vai participar de ato contra volta às aulas presenciais em São Paulo em 2020

Professora da USP e ex-primeira-dama, ela diz que retorno precisa de mais segurança e planejamento

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Ex-primeira-dama de São Paulo, a professora Ana Estela Haddad (PT) participará de ato virtual organizado pelo vereador Antonio Donato (PT) contra a volta às aulas presenciais na capital em 2020.

O evento acontecerá nesta terça-feira (4), às 19h, e também contará com as presenças dos ex-secretários municipais de Educação César Callegari e Maria Aparecida Perez.

Ainda não há definição de uma data para o retorno às aulas em São Paulo, mas o governo do estado tem usado o dia 8 de setembro como referência. Bruno Caetano, secretário municipal de Educação, declarou que considera improvável que o retorno aconteça no mês que vem.

"Nossa posição é de que é prematuro o retorno. A gente entende que precisa haver mais segurança e um planejamento mais bem feito. Para a faixa etária da educação infantil a situação é mais grave e sensível. Bebês de zero a três anos permanecem nos CEIs [Centros de Educação Infantil] o dia todo. A alimentação é toda preparada na escola, a criança é trocada, existe o afeto, os próprios profissionais têm suas famílias. É estimado que o contato entre professor ou professora numa sala com 20 alunos, por exemplo, implique em mais de 800 contatos cruzados em um único dia de aula presencial", diz Ana Estela, professora de odontopediatria da USP.

Ela destaca manuais e protocolos de higienização e desinfecção de ambientes que têm sido desenvolvidos com o propósito de dar mais segurança nesse planejamento de retomada das atividades escolares, como o da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz).

"Não estamos defendendo que não haja ensino e aprendizagem. Precisamos mostrar preocupação com conectividade e equipamento para que o ensino à distância seja mantido e para que se possa preparar o retorno com segurança e tranquilidade. São Paulo teve uma queda pequena nos casos e no número de mortes. Para a segurança, a volta precisa ter um planejamento melhor", completa.

Antonio Donato, que organiza o ato, diz que as escolas não têm estrutura sanitária para que as aulas sejam retomadas em 2020.

"O que a prefeitura deveria estar fazendo agora é reformar as escolas para atender as novas regras de saúde, requalificar professores e planejar a reposição dos conteúdos perdidos em 2020. Feito isso, será possível retomar as aulas com segurança em 2021. Ao defendermos que as aulas presenciais voltem apenas no ano que vem estamos preocupados em preservar vidas, em primeiro lugar", afirma.

Nesta semana, a Câmara Municipal deve submeter a segunda votação o projeto de lei que estabelece as medidas para volta das aulas presenciais do ensino municipal na capital.

A proposta, que foi enviada pela gestão municipal, prevê, que os alunos terão aprovação automática no ano letivo de 2020 e que uma parcela dos estudantes terá ensino em tempo integral como maneira de recuperar o conteúdo perdido.

Também autoriza a prefeitura a comprar vagas em instituições privadas de ensino, inclusive as que têm fins lucrativos, para suprir a alta da demanda nas escolas municipais e a contratar emergencialmente profissionais para suprir o possível afastamento de funcionários e professores.

Há ainda uma emenda, que acompanha a posição do Conselho Nacional de Educação, que permite aos pais escolher se seus filhos vão ou não às escolas

Com Mariana Carneiro, Guilherme Seto e Nathalia Garcia

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