A queda brusca de Celso Russomanno (Republicanos) mostrada pela pesquisa Datafolha desta quinta-feira (22) não foi totalmente celebrada pela campanha de Bruno Covas (PSDB).
Ainda que o atual prefeito tenha assumido a ponta, a perda de sete pontos percentuais do adversário indica derretimento indesejado pelos tucanos, que preferem Russomanno no segundo turno a concorrentes como Guilherme Boulos (PSOL) ou Márcio França (PSB). O apresentador de TV é considerado menos preparado.
Em um primeiro momento, os tucanos viam a proximidade com Jair Bolsonaro (sem partido) como negativa para Russomanno, dada a alta rejeição ao presidente na capital. Depois, em nova leitura, passaram a recear a entrada de ministros na campanha.
De toda forma, eles veem Russomanno como alvo mais frágil, com propostas pouco sólidas e histórico de escândalos e posicionamentos controversos. Boulos surge como novidade e mostra potencial de unir grupos da esquerda, e França, no centro, pode ser "Frankenstein": uma alternativa similar a Covas com acenos ao bolsonarismo.
Marqueteiro de Russomanno, Elsinho Mouco diz que nada muda. "Mesmo foco, mesma energia". Sobre os motivos para a queda no Datafolha, diz que prefere crer em pesquisa XP/Ipespe que mostrou Russomanno com 27% e Covas, com 25%.
TIROTEIO
Se antes da pandemia era crucial, agora é vital modernizar o sistema tributário. Brasil não aguenta um real a mais de imposto
De Pedro Paulo, deputado federal (DEM-RJ), sobre Jair Bolsonaro ter afirmado que não irá aumentar impostos após pandemia
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