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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Senadores criticam Supremo e veem afastamento de Chico Rodrigues como decisão precipitada

'Foi uma ação afoita. E o direito ao contraditório?', disse Ângelo Coronel (PSD-BA), que é integrante do Conselho de Ética do Senado

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A decisão de Luís Roberto Barroso de afastar Chico Rodrigues (DEM-RR) do cargo despertou um instinto de preservação entre políticos do centrão e aliados. Senadores dizem ver uma ação precipitada do ministro do Supremo e passaram a discutir a possibilidade de barrar a remoção do colega, apesar da repercussão do dinheiro na cueca. Pessoas próximas de Davi Alcolumbre (DEM-AP) afirmam que ele avalia questionar o STF se decisão assim pode afastar parlamentar do mandato.

"Foi uma ação afoita [do Barroso]. Não pode tomar decisão assim. E o direito ao contraditório?", disse Ângelo Coronel (PSD-BA), que é integrante do Conselho de Ética do Senado. "Mesmo num caso midiático como esse, não pode ser assim", completou.

Essa ala de parlamentares, da qual Davi faz parte, defende que Rodrigues deve ser ouvido. Depois, sendo as acusações consistentes, ele poderia ser afastado num processo de cassação --mas não por uma decisão do STF. Eles lembram o caso de Aécio Neves (PSDB-MG), que teve o afastamento derrubado pelo plenário do Senado. Em fevereiro, a Câmara salvou Wilson Santiago (PTB-PB).

"O caso pode ser, digamos, bizarro, mas é contra a democracia quem acha que decisão monocrática pode afastar mandato popular", afirmou Esperidião Amin (PP-SC). Outros, no entanto, discordam. "Não contem comigo pra nada disso", disse Cid Gomes (PDT-CE).

O Painel ouviu outros quatro titulares do Conselho de Ética que também se colocaram contra a decisão do Barroso. O órgão conta com 15 cadeiras, uma delas é ocupada por Chico Rodrigues.

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