A escolha do novo chefe da Polícia Federal de São Paulo fugiu de um padrão que vinha sendo respeitado dentro do órgão nos últimos anos. Diferentemente dos cinco antecessores, o delegado Rodrigo Bartolamei não chegou a ocupar cargos relevantes de chefia na PF antes de ser alçado a um dos maiores postos da instituição.
A superintendência de SP é a maior do Brasil. Bartolamei estava lotado atualmente no GSI (Gabinete de Segurança Institucional), levado pelo ministro Augusto Heleno.
A polícia de SP estava com novo comando desde março. Ou seja, será a segunda troca em menos de um mês.
Bartolamei foi chefe da Interpol e atuou como coordenador de segurança das Olimpíadas do Rio. Nunca foi superintendente de nenhum outro local, nem ocupou cargos nas cúpulas das superintendências ou de coordenação na sede, como seus antecessores.
Parlamentares da oposição viram com desconfiança a mudança neste momento em que Jair Bolsonaro insiste na necessidade de investigação de governadores e prefeitos. João Doria (PSDB-SP) é o maior adversário político do presidente. Internamente na PF, a decisão também gerou estranhamento.
Maiurino também decidiu fazer outras alterações: a chefia da Bahia e de Santa Catarina. Ele também mudou o comando do setor de combate à corrupção que investiga políticos.
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