Os advogados de Marcelo Blanco afirmam que o coronel da reserva dirá em seu depoimento à CPI da Covid que desenvolvia atividade de consultoria junto a empresas da iniciativa privada que tinham interesse em negociar com o mercado brasileiro, especialmente com o Ministério da Saúde, no qual ele havia trabalhado e por isso conhecia os trâmites burocráticos.
Ele afirma que por esse motivo havia aberto uma empresa de representação comercial, como revelou o Painel. Blanco, inclusive, segundo sua defesa, estava em conversas com uma empresa da Malásia que queria entender como funciona a legislação brasileira para tentar começar a comercializar vacinas para malária.
Blanco participou do jantar em que, segundo o policial militar Luiz Dominghetti, o ex-diretor do Ministério da Saúde Roberto Dias pediu propina em negociação de vacinas. O militar nega que tenha acontecido qualquer solicitação do tipo.
O presidente do STF, Luiz Fux, concedeu liminar para que Blanco fique em silêncio em relação a questões que possam incriminá-lo durante a sessão da CPI da Covid.
No entanto, os advogados de Blanco dizem que ele responderá a todas as perguntas e que o documento foi impetrado para que não ocorresse o que classificam como arbitrariedade e ilegalidade cometida contra Dias, que foi preso a pedido de Omar Aziz (PSD-AM).
O depoimento de Blanco estava marcado para esta quinta-feira (14), mas foi adiado e ainda não tem nova data definida.
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