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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Recuo de Bolsonaro sobre STF desnorteia base conservadora, que fala em 'fim de jogo'

Influenciadores se mostram perplexos com retratação de presidente em críticas

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O recuo de Jair Bolsonaro nas críticas que fez ao STF, intermediado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), deixou desnorteada sua base de apoio mais estridente em redes sociais.

O presidente Jair Bolsonaro participa da cúpula do Brics na manhã dessa quinta (9). - Marcos Corrêa /PR

Influenciadores bolsonaristas usaram o mesmo termo para descrever a atitude de Bolsonaro: game over (fim de jogo).

Foram os casos do comentarista Rodrigo Constantino e do youtuber Allan dos Santos. "A nota do Temer foi para mostrar que o povo não deve exercer seu poder diretamente. Não votei no Temer", disse Santos.

Segundo escreveu Constantino: "Dia 7: multidão nas ruas com pauta patriótica condenando o arbítrio. Dia 9: Bolsonaro elogia China como essencial e pede desculpas ao STF. Game over".

Também houve reações de sarcasmo. Um meme bastante compartilhado foi o que mostra a transmissão da faixa presidencial de Temer para Bolsonaro em modo reverso, como se o emedebista estivesse voltando ao cargo.

"Impressão inicial, ainda provisória: com o ato de hoje, Bolsonaro está abrindo mão da candidatura à reeleição", disse o influenciador bolsonarista Leandro Ruschel.

Já Bernardo Kuster, editor do jornal olavista Brasil Sem Medo, afirmou que "este o país do acórdão e da negociação."

"As coisas não ficarão como estão e nem tudo mudará para melhor subitamente num passo de mágica. Estava claro. Este é o Brasil, o país do 'deixa disso' e do 'veja bem'", disse.

Em grupos bolsonaristas de WhatsApp, o sentimento também era de perplexidade.

"Este é o meu recado para o presidente Bolsonaro. O general que vai para a guerra com medo de levar um tiro é tido como covarde... E não merece a lealdade da tropa nem as honras do soberano", escreveu Wagner Cunha, que se apresentou como psicólogo, escritor e ativista político.

A surpresa da base bolsonarista com a mudança de tom só tem paralelo na crise da saída de Sergio Moro, no ano passado.

Mas, como disseram aliados de Bolsonaro, foi um risco calculado. A temperatura política precisava baixar, sob risco de inviabilizar o governo.

Já os muxoxos da militância tendem a arrefecer do mesmo modo que em decepções anteriores, como a aliança com o centrão e a nomeação de Kassio Nunes para o STF.

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