A empresária Eliane Medeiros de Lima é investigada pela atuação no esquema de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como faraó do bitcoin, e pelas transações com integrantes de um grupo suspeito de lavar dinheiro para o megatraficante Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca.
Na semana passada, ela foi presa na operação Valeta, terceira fase da apuração sobre o esquema pirâmide arquitetado pelo Faraó do Bitcoin, e alvo das operações Fluxo Capital e Caixa Fria, que miravam o bando de Cabeça Branca.
Como mostrou o Painel, a Polícia Federal encontrou ligações do esquema de lavagem de dinheiro utilizado por Cabeça Branca com pessoas que suspeitas de atuar no garimpo ilegal e no mercado de criptoativos.
Eliane Lima, diz relatório da PF, aparece como sócia das empresas Emeli Consultoria e GLS Serviços de Tecnologia sediadas em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. Esta última, uma corretora de criptomoedas, recebeu R$ 324 milhões das empresas do Faraó do Bitcoin.
Segundo a PF, o empresário se valia das transações com a corretora da advogada para movimentar valores com firmas no exterior.
A Emeli Consultoria, por sua vez, aparece como destinatária de cerca de R$ 11 milhões, entre maio e julho de 2020, de empresas investigadas por suspeita de lavagem de dinheiro para narcotraficantes, entre eles, Cabeça Branca.
"Diante dos valores exorbitantes recebidos de empresas da organização criminosa em apenas 2 meses, se faz necessária a realização de busca na residência de Eliane Lima a fim de angariar elementos sobre tais transações, tendo em vista a grande possibilidade de se tratar de atos de lavagem de dinheiro", diz a PF em relatório das operações Fluxo Capital e Caixa Fria.
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