Lideranças do MBL (Movimento Brasil Livre) têm debatido a possibilidade de deixar o Podemos, ao qual se filiaram em janeiro, diante do fim do projeto de candidatura do deputado estadual Arthur do Val, o Mamãe Falei, ao Governo de São Paulo.
Ele se desfiliou do partido após o vazamento de áudios em que faz comentários sexistas a respeito das mulheres ucranianas.
MBL e Podemos têm entendimentos distintos sobre a escolha do substituto de Do Val. O movimento acredita que o acordo previa que eles apontariam o novo nome, ao passo que a sigla entende que a costura se referia especificamente ao deputado.
Dirigentes do Podemos afirmam que nunca houve a ideia de uma vaga cativa, e tem crescido internamente o movimento para que a presidente da sigla, Renata Abreu, seja a candidata. Como mostrou o Painel, Sergio Moro, presidenciável da legenda, apoia essa ideia.
O MBL, por sua vez, deseja que o vereador Rubinho Nunes (Podemos) ou o deputado estadual Heni Ozi Cukier (sem partido) ocupem o lugar deixado por Do Val. Como essa perspectiva tem se mostrado improvável no Podemos, eles têm falado em deixar a sigla.
Membros do movimento também lamentaram a postura do partido em relação a Do Val, avaliando que o posicionamento crítico do partido e de seus membros fez com que as críticas públicas ao parlamentar se agravassem.
A mesma decepção se aplicou a Moro, de quem eram próximos. Eles lamentam que o ex-juiz não tenha ouvido Do Val antes de declarar publicamente que estava rompido com ele. Segundo dizem as lideranças do MBL, ele não respeitou o princípio da ampla defesa.
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