O ministro da Economia, Paulo Guedes, aposta em destinar recursos oriundos de privatizações para investimentos e obras como uma forma de quebrar a resistência do Congresso Nacional à venda de ativos estatais.
Como a Folha revelou nesta terça-feira (3), o Ministério da Economia defende retirar do alcance do teto de gastos as obras públicas bancadas com recursos obtidos com a privatização de empresas estatais ou a venda de ações em poder da União.
O plano é permitir que, em eventual segundo mandato, o presidente Jair Bolsonaro (PL) amplie os investimentos, cada vez mais comprimidos devido ao crescimento das despesas obrigatórias no espaço dado pelo teto.
O plano de Guedes não é de hoje. Ele acredita que esses recursos podem ser destinados à reconstrução da infraestrutura nacional por fora do teto, justamente por ser uma receita não recorrente. Ele também defende a destinação ao Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, para subsidiar programas de transferência de renda.
Dessa maneira, poderia ajudar a convencer os deputados e senadores a destravarem as tentativas de privatização que o ministério tem tido dificuldade de emplacar, por destinar os recursos a setores que podem render votos aos parlamentares.
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