Painel

Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel

Arrecadação do ICMS de SP se desacelera e liga sinal de alerta para 2023

Números são usados pelo governo estadual para responder a críticas do governo Bolsonaro

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

O crescimento da arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), principal componente da receita do estado de São Paulo, vem se desacelerando desde maio, segundo dados da Secretaria da Fazenda.

Felipe Salto, secretário da Fazenda de São Paulo, em seu gabinete - Gabriel Cabral/Folhapress

Em abril, a alta sobre o mês do ano passado foi de 9,5%, já descontada a inflação. Esse patamar caiu para 6,5% em maio, 3,5% em junho e deve registrar estabilidade em julho.

"A economia paulista tem forte resiliência, porque atuamos como as formigas e não a cigarra da fábula. Fizemos uma gestão responsável", diz o secretário da Fazenda, Felipe Salto. "Mas ligamos o sinal de alerta", afirma.

Os números são usados pelo governo Rodrigo Garcia (PSDB) para responder às críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) de que os estados estão com caixa cheio, e portanto não sentiriam os efeitos do teto do ICMS sobre a cobrança de combustíveis.

O limite da alíquota foi usado como uma ferramenta pelo governo federal para forçar a diminuição do preço dos combustíveis na bomba, e assim facilitar o caminho do presidente à reeleição. A medida provocou queda na arrecadação estadual, contudo.

Na semana passada, o STF concedeu a quatro estados (São Paulo, Piauí, Maranhão e Alagoas) direito a uma compensação pelo fato de a receita prevista com o ICMS ter caído. Eles poderão descontar o valor da parcela da dívida com a União. No caso paulista, o reforço nos cofres públicos é de R$ 445 milhões mensais.

A maior preocupação, relata o secretário, é com o cenário para 2023. "No ano que vem, há uma previsão de aumento nominal das despesas em razão da inflação deste ano. A receita menor vai obrigar a novos ajustes", afirma.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.