A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi a que mais gastou com advogados entre as presidenciais até o momento. Foram R$ 2,9 milhões, destinados a três escritórios.
O de Cristiano Zanin e Valeska Teixeira, que representaram o petista na Operação Lava Jato, ficou com R$ 1,2 milhão, mesmo valor destinado ao que pertence ao ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão. Já o Araujo Recchia Santos, formado por advogadas próximas ao grupo Prerrogativas, recebeu R$ 500 mil.
O arranjo da campanha do ex-presidente contemplou alas jurídicas do lulismo que não se bicam, especialmente as que orbitam em torno de Cristiano Zanin e do Prerrogativas.
Em nota, o coordenador do Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho afirmou que o grupo não tem nada a ver com a contratação.
"O Grupo Prerrogativas reúne juristas, advogados e operadores do Direito consagrados no cenário nacional e internacional. Na área eleitoral inclusive, e em especial, conta com a participação engajada de advogados e advogadas que estão entre os mais conceituados do país. Natural, pois, que alguns de seus integrantes estejam trabalhando em campanhas presidenciais e em diversas outras campanhas proporcionais de inúmeros estados do país, representando, e é bom que se diga, apenas os partidos do campo democrático", afirmou.
Carvalho afirmou que tem "profundo respeito e carinho pelos advogados Cristiano Zanin e Valeska Teixeira, que, assim como o ex-ministro Eugênio Aragão, já estiveram em um passado recente entre nós".
O escritório de Tarcísio Vieira de Carvalho, ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), recebeu R$ 1,8 milhão do PL para trabalhar na campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A campanha de Soraya Thronicke (União Brasil) foi a segunda que mais gastou com advogados até o momento, R$ 2 milhões, divididos entre quatro escritórios.
Simone Tebet (MDB) também contratou quatro escritórios, mas gastando menos, R$ 1,35 milhão. Ciro Gomes (PDT) foi o mais econômico até agora: R$ 500 mil para um representante.
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