O presidente Jair Bolsonaro (PL) adotará no segundo turno uma estratégia de duas vias. No front político, conta com a omissão de Ciro Gomes (PDT) e sonha com um discurso forte do pedetista contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), justificando por que não o apoiará.
Na avaliação dos estrategistas bolsonaristas, se Ciro o desqualificar de forma contundente, pode ser o suficiente impedir que o petista passe da votação que teve neste domingo (2), que acreditam ser o seu teto.
No judicial, vai se caracterizar como vítima da perseguição do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Seus advogados passaram os últimos dias listando exemplos disso para denunciar a suspeição da corte. A gota d'água foi a ordem para retirada de menções a suposto elo do PCC com Lula (PT).
Está em debate na campanha de Bolsonaro tomar alguma medida contra os institutos de pesquisa. Pedir a abertura de um inquérito ao Ministério da Justiça por suposta manipulação de informação é uma possibilidade. Uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) também pode ganhar fôlego.
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