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Lira prorroga votação remota na Câmara até janeiro de 2023

Regra visa a facilitar aprovação de matérias urgentes; oposição critica

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Brasília

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), prorrogou até janeiro de 2023 a possibilidade de deputados registrarem presença e votarem de forma remota às segundas e sextas-feiras.

A regra havia sido instituída em razão do período eleitoral, conhecido como recesso branco, quando os parlamentares permanecem mais tempo nas suas bases. Agora, será definitiva até o fim do mandato de Lira como presidente da Casa.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) participa de cerimônia de posse do ministro Luis Felipe Salomao, no CNJ (FOTO Gabriela Biló /Folhapress, POLITICA)

Hoje, os parlamentares podem votar pelo aplicativo todos os dias, mas a presença precisa ser registrada em plenário nas sessões de terça a quinta-feira. O sistema híbrido abre brechas para irregularidades e, até, para assessores votarem no lugar dos parlamentares.

De acordo com a justificativa expressa no ato, a flexibilização visa a otimizar os trabalhos da Casa. "Medida ágil, prática, moderna e necessária à finalidade a que se propõe, viabilizando a conciliação dos trabalhos desenvolvidos pelos parlamentares no processo legislativo e em suas bases", diz o texto.

Interlocutores de Lira esclarecem que a ideia foi uniformizar as exigências para facilitar eventuais medidas urgentes que precisem ser analisadas às segundas e sextas, quando geralmente não há sessões. Evita que a regra seja alterada caso a caso.

Em novembro do ano passado, por exemplo, Lira permitiu que votassem de forma remota parlamentares em missões oficiais. A manobra foi implementada durante a votação da PEC dos Precatórios, aprovada com a margem apertada de quatro votos.

Deputados da oposição ouvidos pelo Painel criticaram o ato, que favorece a aprovação de projetos da base aliada. Um dos artifícios usados pela minoria para impedir votações é o questionamento do quórum nas sessões.

A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) classificou como "gravíssima" a alteração após a conclusão das eleições para deputadas e deputados. "É um absurdo, não foi conversado com ninguém. Claramente quer fazer isso para passar o trator em medidas que presencialmente ele teria mais dificuldade", afirmou.

A parlamentar disse que pedirá a revogação do ato.

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