O prédio do Centro de Formação Paulo Freire, criado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em Caruaru, em Pernambuco, foi pichado com suásticas e a palavra "mito" na madrugada do último sábado (12).
Além disso, a casa da coordenadora do centro foi arrombada e incendiada. No momento do ataque, ocorria uma vaquejada nos arredores do assentamento,
Segundo membros do movimento, quatro pessoas com camisas amarelas, supostamente bolsonaristas, foram responsáveis pelo ataque.
Camas, telhados e pertences da coordenadora foram danificados pelo fogo, enquanto a casa foi apenas parcialmente destruída. Não houve feridos.
"Os bolsonaristas foram derrotados nas eleições, mas uma minoria, movida pela intolerância, preconceito e ódio de classe, de raça e gênero, não aceitaram os resultados da democracia e estão querendo nos impor um terceiro turno", disse o MST, em nota.
O movimento diz que o ato serve de alerta de que ainda não é possível diminuir o nível de cuidado.
"Temos que manter o alerta para proteger nossas estruturas e garantir a posse de Lula no primeiro de janeiro. Até lá, alerta máximo. Cuidar e proteger nossas estruturas e nossas lideranças, contra a ira do ódio e do preconceito e da intolerância, dos grupos fascistas", afirma.
Localizado no assentamento Normandia, o centro Paulo Freire é um espaço de formação que oferece cursos, diversos deles na área de agroecologia.
O MST informa que esta não é a primeira vez que o Centro de Formação Paulo Freire é ameaçado. Em 2019, no primeiro ano do atual governo, o local foi alvo de uma ação de despejo que segue aguardando decisão no âmbito do Incra.
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