Em reunião de emergência, lideranças dos principais movimentos sociais do Brasil decidiram convocar para segunda-feira (9) manifestações de rua em oposição aos golpistas bolsonaristas que entraram na Esplanada dos Ministérios, invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal), espalharam atos de vandalismo em Brasília e entraram em confronto com a Polícia Militar.
O horário definido para as manifestações é 18h. Em São Paulo, a concentração ocorrerá no vão do Masp (Museu de Arte Moderna de São Paulo).
"O que houve hoje foi uma tentativa de golpe no Brasil. Os golpistas têm que ser responsabilizados e presos, sem anistia. Vamos derrotar o golpismo nas ruas", diz ao Painel o deputado eleito Guilherme Boulos (PSOL), líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto).
"A resposta aos atos contra a democracia tem que ser institucional, através das instituições, e popular, através de mobilização social. A democracia vencerá", diz Raimundo Bomfim, da Central de Movimentos Populares.
Além da contraposição aos radicais bolsonaristas e o pedido para que sejam punidos pela Justiça, os atos devem pedir também o fim dos acampamentos golpistas em frente aos quartéis militares.
A mobilização será realizada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que são compostas por mais de 100 organizações, como partidos (PT, PCdoB e PSOL), movimentos populares (MST e MTST), centrais sindicais (CUT, CTB e Intersindical), entidades estudantis (UNE), organizações de comunicação e cultura.
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