O PL vai dar até 15 de janeiro para o senador eleito Rogério Marinho (RN) colocar de pé sua candidatura à presidência do Senado.
Caso não haja viabilidade, o plano é articular a retirada, negociando comissões importantes, como a CCJ (Constituição e Justiça) ou CAE (Assuntos Econômicos), além de um espaço na mesa diretora.
Se o plano for concretizado, o partido, que já se declarou como oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pode dificultar a vida do governo, já que as principais pautas e indicações a cargos com avaliação do Senado passam por esses colegiados.
Pela primeira vez em 25 anos, o PL elegeu a maior bancada da Casa, com 14 parlamentares, e ainda espera receber novas filiações. Ainda assim, a avaliação é de que Marinho pode enfrentar dificuldades por ser de primeiro mandato. Além disso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) fez uma gestão que agradou boa parte dos senadores e conta com apoio.
Em nota, o senador Carlos Portinho (PL-RJ), que ocupou a liderança do governo de Jair Bolsonaro na Casa, disse que não se cogita desistir da candidatura.
"Rogério Marinho é a alternativa se quisermos restabelecer a ordem, independência e o tamanho do Senado Federal. Notícias como a publicada não são verdadeiras e mostram o quanto o adversário está preocupado. Estamos unidos. Vamos juntos. E vamos vencer", afirmou.
A candidatura de Rogério Marinho à presidência do Senado foi lançada em 7 de dezembro após uma reunião da bancada. Na ocasião, o ex-ministro disse que sua empreitada "não é contra ninguém", mas disse que o PL não aceita que deputados sejam "amordaçados".
A menção foi lida como um recado ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que naquela semana havia suspendido a conta no Twitter de 10 parlamentares apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Marinho usou a expressão popular "pau que bate em Chico bate em Francisco" e afirmou que não deve haver "ativismo" nem "criatividade judicial".
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