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Descrição de chapéu alimentação

Governo Lula quer usar caso da vaca louca para acabar com suspensão automática de exportações à China

Protocolo assinado em 2015 impõe auto-embargo imediato a partir da notificação de casos

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São Paulo

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende usar as reuniões com representantes da China para rediscutir um protocolo firmado em 2015 que estabelece um auto-embargo imediato nas vendas quando uma nova ocorrência da doença da vaca louca, Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), é identificada no Brasil.

Representantes do governo brasileiro têm reunião virtual marcada para terça-feira (28) com os chineses para tratar do tema. Na semana seguinte, o encontro deverá acontecer presencialmente no país asiático.

Gado em fazenda de Escondido, na Califórnia
Gado em fazenda de Escondido, na Califórnia - Ariana Drehsler-23.jun.2021/AFP

O governo brasileiro pretende sugerir uma relação em que a notificação de um caso de vaca louca não interrompa totalmente e indefinidamente a exportação de carne para a China. A avaliação de necessidade ou não do embargo se daria a partir da análise do risco de contaminação.

A atual paralisação do mercado está relacionada a um caso em que, segundo o ministro da Agricultura, Carlos Favaro, tudo indica que a doença seja atípica —ou seja, desenvolvida durante o processo degenerativo do animal, mais comum em bovinos mais velhos, e não tem risco de contaminação para o rebanho ou para humanos.

A confirmação final será feita pelo laboratório da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) no Canadá.

No novo formato que o governo Lula pretende sugerir, a interrupção poderia ocorrer somente enquanto o resultado final é aguardado. Depois disso, com a confirmação de que não há risco de contaminação, as exportações seriam retomadas.

O protocolo vigente foi assinado em 2015 após mais de dois anos de embargo chinês à carne brasileira relacionado a casos de vaca louca.

Em 2021, a China manteve o embargo por quase quatro meses, o que foi visto como retaliação ao Brasil devido aos ataques feitos ao país asiático por Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.

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