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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Governo federal nos trata como se fôssemos do PCC, diz chefe da Funasa na PB

Virgínia Veloso, superintendente no estado, reclama de asfixia financeira do órgão, que Lula quer extinguir

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Superintendente regional da Funasa na Paraíba, Virgínia Veloso, diz que vem sendo tratada como "inimiga" pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após o orçamento do órgão ter sido retirado do seu controle.

"Estou me sentindo como se fôssemos inimigos do governo. O tratamento é de bandido. É como se fôssemos do PCC", disse ela ao Painel.

Funcionário da Funasa espalha fumaça contra mosquito transmissor da malária em Rondônia - Lalo de Almeida/Folhapress

A revolta se deve à promessa do atual governo de extinguir o órgão, responsável por ações de saúde e saneamento em pequenas cidades. Justamente por isso, a Funasa sempre foi muito cobiçada por partidos políticos.

A própria superintendente na Paraíba é um exemplo disso. Virgínia é mãe do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da reforma tributária, e da senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB).

A extinção da Funasa, proposta por uma medida provisória, deve enfrentar resistências no Congresso e tem potencial de gerar atrito na base do governo.

O processo de desmonte da Funasa fez com que o orçamento do órgão tenha sido transferido para o Ministério das Cidades, que herdará os projetos de saneamento. Com isso, segundo a superintendente, ocorreu uma asfixia na estrutura ainda existente.

"Outro dia ficamos sem água mineral para beber. Encerraram os contratos de limpeza, os de manutenção de elevadores, de brigadistas. E pouco estão se incomodando", reclama, em referência ao Ministério das Cidades.

Outra dúvida, diz ela, é como será feito o pagamento da folha de servidores do mês de abril. "Já perguntei, mas não dão a mínima", afirma.

A superintendente diz ainda que tem recebido ligações de prefeitos do interior do estado relatando que tiveram de parar de contratar obras que são fruto de convênio com a Funasa, por não terem como pagar mão de obra.

Em nota, o Ministério das Cidades declarou que o orçamento da Funasa só foi transferido para a pasta em 6 de março.

De acordo com o ministério, não houve solicitação por parte de superintendências estaduais para verbas até o momento. A pasta diz ainda que a folha de pagamento de todos os servidores da Funasa (ativos, inativos e pensionistas) será paga normalmente, sem qualquer atraso.

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