Presidente nacional do Republicanos, o deputado federal Marcos Pereira (SP) afirma que o projeto de lei das fake news não é censura e que existe muita narrativa distorcida sobre o texto.

O partido e seus parlamentares têm sido pressionados nas redes sociais por terem apoiado a aprovação da urgência do texto na terça-feira (25), acelerando assim a sua tramitação.

Na sigla, 28 dos 36 deputados votaram favoravelmente. Comparativamente, no União Brasil, partido da base do governo Lula (PT), apenas 19 de 47 parlamentares votaram "sim". No PL, partido de Jair Bolsonaro, 79 de 85 foram contrários.

Em vídeo gravado para a base evangélica do partido e que será publicado nas redes sociais, Pereira diz que todos os brasileiros de bem e de bom senso são contra fake news, enfatiza que o projeto não abrange manifestações religiosas, como tem sido propagado, e lê trechos do texto que dizem isso explicitamente.

O deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), por exemplo, publicou mensagem que diz que versículos da Bíblia serão banidos das redes sociais a partir da aprovação da proposta, o que não procede.

Pereira pede calma e paciência para discutir o projeto que, segundo ele, ainda não está bom. "Se ao final, terça, que é para quando se prevê a votação, o texto não estiver em acordo com o que acreditamos, vamos votar contra", diz.

Por fim, ele afirma que os evangélicos foram vítimas de fake news a vida inteira e que precisa existir alguma regra contra elas. "Até agora, só vi muita falácia de quem não vê o que está falando", conclui.

Em outro vídeo, Pereira afirma que o Republicanos não é "afeito a radicalismos" e que seu manifesto defende a liberdade de expressão respeitando o bom senso e o Estado de Direito.