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Descrição de chapéu Folhajus

Procuradores pedem investigação de chefe do MP de Minas por carona em jato de empresário

Jarbas Soares Jr. voou em avião de dono de empresa que firmou acordo com Ministério Público

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Brasília

Um grupo de nove procuradores protocolou uma representação na Corregedoria do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) para apurar a conduta do procurador-geral de Justiça do estado, Jarbas Soares Júnior.

De acordo com a revista Piauí, Jarbas pegou carona em duas ocasiões no jato do empresário Lucas Prado Kallas, preso em 2008 durante e Operação João de Barro, da PF (Polícia Federal). Ele ainda responde a acusações em liberdade.

Jarbas Soares Júnior , procurador-geral de Justiça de Minas Gerais. (Foto: CNMP ) - CNMP

Além disso, umas das empresas da qual Kallas é dono, a Cedro, teria firmado um acordo com o MPMG para arquivar investigações sobre crimes ambientais mediante o pagamento de uma indenização de R$ 2 milhões.

Os signatários da representação afirmam não estarem questionando a "pública e notória" relação de amizade entre ambos, mas, sim, as evidências de que a carona não se adequa aos "princípios éticos e morais e nem mesmo às disposições legais e regulamentares".

"O certo é que, em razão da dimensão do cargo que ocupa, o procurador-geral de Justiça não pode receber dóceis regalias de nenhuma pessoa, tornando-se ainda mais grave quando o mimoseio provém de um empresário que ostenta antecedentes exatamente por tráfico de influência. Tal fato não pode ser normalizado internamente pelos integrantes do Ministério Público porque materializa claro e iminente desprestígio a cada um que se mostrar indiferente a ele. Afinal, o Ministério Público é o fiscal maior do bom funcionamento das instituições democráticas e, portanto, deve ser o primeiro a se comprometer com os rigores éticos e morais exigidos daqueles que se habilitam a ingressar no serviço público", justificam.

Na peça, os integrantes do MP pedem a instauração do procedimento de apuração, esclarecimento sobre as viagens realizadas e os detalhes dos acordos firmados com as empresas de Kallas.

Na ocasião, Jarbas afirmou à Piauí ser amigo de Kallas e destacou não haver investigações contra ele na Procuradoria-Geral de Minas. A assessoria de Kallas informou apenas que "as viagens citadas são agendas pessoais e de férias, com amigos de longa data"

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