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Deputada insultada por Bolsonaro planeja candidatura a prefeita de Porto Alegre

Maria do Rosário quer aproveitar bolsonarismo em baixa para turbinar campanha

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Porto Alegre

cotada entre os pré-candidatos, a deputada federal Maria do Rosário (PT) colocou oficialmente o nome à disposição do partido para disputar a prefeitura de Porto Alegre. O partido já contava com a pré-candidatura da deputada estadual Sofia Cavedon.

Rosário disputou a prefeitura da capital gaúcha em 2008 quando perdeu no segundo turno para José Fogaça (MDB), que buscava a reeleição.

Ela admite que ficou longe de disputas ao Executivo porque "temia prejudicar o partido", dado que foi por anos o alvo predileto dos apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) por ser militante de direitos humanos.

"Passei por um grave e pronunciado período de ataques. Mas a tempestade passou e eu sobrevivi. Acho que de alguma forma eu ajudei e acho que isso tudo me fortaleceu", diz a deputada.

Maria do Rosário (PT) se lançou pré-candidata à prefeitura de Porto Alegre. ( Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados ) - Câmara dos Deputados

Uma vez escolhida candidata, Rosário diz que pretende montar uma forte estrutura de comunicação e jurídica contra fake news envolvendo ela e sua família.

"Uma estrutura que não deixe pedra sobre pedra caso isso [ataques pessoais com fake news] aconteça. Hoje eu sou uma pessoa que vive em alerta, mas eu já sofri o que chega", diz.

Contra o discurso de que o seu nome teria uma rejeição grande demais, Rosário argumenta que "só não consegue dialogar com quem é contra a democracia" e exemplifica dizendo ser a única mulher e a única parlamentar de esquerda na Mesa Diretora da Câmara. Ela é segunda secretária na Mesa presidida por Arthur Lira (PP).

O candidato escolhido pelas siglas de esquerda PT, PCdoB e PSOL, que até aqui mantêm o discurso de que só pode haver um nome na disputa, vai enfrentar o atual prefeito, Sebastião Melo (MDB), que reforçou laços com o bolsonarismo desde 2020 e costura uma coligação que pode ter até 11 partidos.

Apesar de almejar debates em torno da cidade, Rosário admite que a eleição de 2024 pode ter ares de terceiro turno, de candidatos que representam o projeto de governo de Lula contra focos de resistência do bolsonarismo, que vive momento de baixa.

Quando Bolsonaro se tornou inelegível, Rosário postou um vídeo dando tchau para o ex-presidente na TV e dizendo: "Aqui se faz, aqui se paga. Grande dia!".

Ela foi uma das primeiras mulheres a serem insultadas pelo ex-presidente quando era deputado. Bolsonaro disse que só não a estuprava porque ela não merecia.

"Acho que vai ser, sim, mais uma eleição para derrotar o bolsonarismo. Mas, para mim, sempre é. Já derrotei ele na Justiça e cada vez que eu sou eleita eu derroto o Bolsonaro", diz.

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