Os governos Lula (PT) e do Distrito Federal veem com preocupação o ato de 7 de Setembro marcado para Esplanada dos Ministérios, e devem reforçar a segurança.
A razão é o trauma com as manifestações golpistas de 8 de janeiro, e o fato de a data ter sido politizada por bolsonaristas nos últimos dois anos.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) já faz planos para reforçar a segurança. Segundo integrantes da administração do Distrito Federal, ainda não foi detectada nenhuma ameaça concreta, mas os órgãos de inteligência estão em alerta e adotando protocolos para que não haja nenhum problema na data.
O governo do DF também está fazendo um monitoramento prévio das redes para mapear potenciais ameaças e já iniciou conversas com outros órgãos de segurança para trocar informações de monitoramento.
Um parâmetro que vem sendo citado em conversas é repetir o esquema de segurança da posse de Lula, em 1º de janeiro, em que o clima também era de tensão, mas que transcorreu sem incidentes.
Durante o governo de Jair Bolsonaro, os desfiles de 7 de Setembro costumavam atrair apoiadores do ex-presidente e ter protestos contra o Congresso e o STF. No ano passado, ele usou o feriado como ato de campanha eleitoral.
No âmbito federal, o tema foi discutido entre os ministros da Defesa, José Múcio, e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, numa reunião na sexta-feira (28). A avaliação também foi na linha de que é preciso redobrar os cuidados com a segurança, dado o histórico recente de protestos na Esplanada.
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