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PSB decide pedir cassação de Zambelli por suposta trama com hacker contra Judiciário

Deputada e Degatti são suspeitos de ação que mirava ministro Alexandre de Moraes e resultou na invasão dos sistemas do CNJ

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Brasília

O PSB anunciou nesta quinta-feira (10) que protocolou representação contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por supostamente ter tramado com Walter Delgatti, o hacker da "Vaza Jato", a invasão nos sistemas de informação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

A coluna teve acesso à ação, que pede que o mandato da deputada seja cassado ou, se o conselho entender que não é o caso, a suspensão temporária do mandato, além do afastamento das prerrogativas regimentais.

Deputada federal Carla Zambelli chega à sede da Polícia Federal em São Paulo
Deputada federal Carla Zambelli chega à sede da Polícia Federal em São Paulo - Zanone Fraissat/ Folhapress

No pedido, o partido cita a contratação, por parte de Zambelli, da empresa do hacker, com objetivo de identificar e explorar vulnerabilidades em sistema de informação e para acessar ilicitamente dados organizacionais e pessoais do Poder Judiciário e de seus membros.

Delgatti teria recebido R$ 13.500 de pessoas próximas à deputada. O PSB diz ainda que o pagamento teria sido feito com recursos da Câmara.

O partido afirma que o comportamento é ainda mais grave porque as ordens de ataque hacker foram demandadas pela deputada federal em período de tensão política no país, "com o propósito de agravamento da instabilidade democrática, mediante uso de artífice destinado a incutir na população dúvidas quanto à integridade e à segurança do sistema eletrônico de votação adotado pelo Tribunal Superior Eleitoral."

Segundo a ação, a suposta decisão de Zambelli de contratar os serviços de Delgatti a coloca como participante do crime e revela que ela buscava atrair protagonismo no contexto dos ataques às instituições de Estado.

O partido lembra que a contratação com objetivo de invadir sistemas de informação de um Poder da República "evidencia uma violação patente a dever fundamental de deputado federal, que se traduz no descumprimento às Leis instituídas no país, passando a imagem de que o Parlamento, e seus respectivos membros, não está submetido ao ordenamento jurídico estabelecido a partir do exercício de suas competências precípuas."

Integrante da CPI do 8 de Janeiro, o deputado Duarte Jr. (PSB-MA) diz que a denúncias "mostram um modus operandi que não é compatível com a atividade parlamentar."

"Ela está sendo acusada, inclusive, de uso de recursos públicos, da verba de gabinete para atacar a democracia, especialmente, achacando o Poder Judiciário", criticou. "Delgatti será ouvido no âmbito da CPMI do 8 de janeiro, mas é importante já ingressarmos com essa representação para dar celeridade à apuração dos fatos e impedir que ela faça uso da função pública para esconder irregularidades e possíveis crimes."

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