A ida de integrantes da base governista à Assembleia Geral da ONU, em Nova York, ameaça deixar a CPI do 8 de Janeiro esvaziada e sob domínio da oposição no depoimento do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Braga Netto, que concorreu à vice-presidência na tentativa fracassada de reeleição de Bolsonaro, será ouvido na próxima terça-feira (19), mesmo dia em que o presidente Lula (PT) abrirá a Assembleia Geral da ONU.
A comitiva presidencial para o evento deve contar com ao menos sete integrantes da base governista na CPMI.
Pelo Senado, estão na lista Augusta Brito (PT-CE), Ana Paula Lobato (PSB-MA), Cid Gomes (PDT-CE), Fabiano Contarato (PT-ES) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso —o senador, no entanto, diz que não vai integrar a comitiva para não desfalcar a CPI. Além deles, também aparecem na relação os deputados Duarte Jr. (PSB-MA) e Duda Salabert (PDT-MG).
A convocação do ex-ministro foi aprovada em junho. A base governista quer que Braga Netto esclareça o papel desempenhado por setores políticos e militares nas ações relacionadas à tentativa frustrada de golpe em 8 de janeiro.
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