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Ministério da Cultura trava nomeação de diplomata por ter atuado na Presidência sob Bolsonaro

Hayle Gadelha, hoje em Buenos Aires, assumiria área internacional da pasta, mas trâmite foi congelado pelo fato de ele ter trabalhado na Presidência no governo anterior

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A nomeação do diplomata Hayle Gadelha para o cargo de assessor internacional do Ministério da Cultura foi congelada pelo fato de ele ter trabalhado brevemente na assessoria internacional da Presidência da República no início do governo Jair Bolsonaro (PL).

Prédio que abriga o Ministério da Cultura em Brasília - Geraldo Magela/Agência Senado

Gadelha, atualmente adido cultural na embaixada do Brasil em Buenos Aires (Argentina), foi convidado para o cargo pela ministra Margareth Menezes há alguns meses.

Em 28 de setembro, sua remoção da embaixada foi comunicada pelo gabinete do ministro Mauro Vieira à Divisão de Pessoal do Itamaraty, último passo antes da transferência para o novo posto.

Em 9 de outubro, no entanto, Gadelha foi comunicado pelo Ministério da Cultura que a nomeação havia sido suspensa. O motivo alegado foi sua passagem pela assessoria da Presidência na era Bolsonaro, que poderia trazer desgaste à ministra.

Curiosamente, o diplomata já havia tido problemas no governo Bolsonaro por supostamente ser "petista", –ele foi filiado ao partido antes de entrar na carreira e desligou-se da legenda ao entrar no Itamaraty. Por isso, ficou apenas cerca de duas semanas na assessoria da Presidência.

Gadelha é diplomata há 16 anos, tendo servido em países como Reino Unido e Bolívia, antes de seguir para a Argentina. Ele afirma que não se guia por questões políticas em sua carreira.

"Sou um servidor de Estado, o Itamaraty tem a compreensão disso. Repudio qualquer associação com o governo anterior", disse ele à Folha.

Procurado, o Ministério da Cultura não quis se manifestar.

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