Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, o vereador Milton Leite (União Brasil) disse em reunião de líderes nesta quarta-feira (4) que a privatização da Sabesp terá que incorporar o problema da despoluição das represas Billings e Guarapiranga e seus córregos. Ele afirma que isso terá que ser tratado como passivo da estatal na venda.
Como mostrou o Painel, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), que projeta a desestatização já para o ano que vem, acredita não ser necessário o aval formal dos municípios para realizar a privatização, mas que o processo passará pelo Legislativo no caso específico da capital.
Em sua fala nesta quarta, Leite disse que a Sabesp precisa fazer autocrítica e reconhecer que tem falhado. Ele afirmou que a empresa cobra a população por esgoto e não trata, e por isso os córregos das represas estão bastante poluídos.
"Isso tem que ser tratado como passivo. Não vou nem discutir crime ambiental, que é outra história. A questão do lodo, não só em Billings e Guarapiranga, tem que ser tratada, quando a Sabesp for vendida, considerando esse valor [da despoluição]", disse o vereador.
"Os esgotos estão sendo jogados dentro da represa. Isso terá custo para recuperarmos", afirmou, anunciando que o tema da privatização da Sabesp tornou-se objeto de discussão do Legislativo paulistano a partir desta quarta.
Leite também sugeriu a criação de um incentivo ambiental para as pessoas que têm nascentes em suas propriedades façam trabalho de preservação.
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