Aliados de Tarcísio de Freitas (Republicanos) têm manifestado preocupação de que um projeto para aumentar o ICMS como tem articulado o governador prejudique a meta de eleger prefeitos e vereadores do grupo político nas eleições de 2024 em São Paulo.
Eles ressaltam que muitos bolsonaristas ganharam notoriedade ao fazer oposição a pacote de ajuste fiscal de João Doria em 2020, e que Bruno Covas, que disputou a prefeitura da capital naquele ano, e Rodrigo Garcia, que em 2022 se candidatou ao governo do estado, ambos do PSDB, foram bastante pressionados e tiveram que se justificar a respeito da medida do ex-governador.
O deputado estadual bolsonarista Gil Diniz (PL-SP) diz considerar o debate sobre o projeto um "divisor de águas do governo Tarcísio". Ele afirma que "a contaminação com a pauta municipal será gigantesca" e que o bloco bolsonarista recém-formado na Assembleia Legislativa de São Paulo votará contra o projeto e atuará para convencer os demais parlamentares a se posicionarem da mesma forma.
Os estados de Sul e Sudeste, exceto Santa Catarina, divulgaram carta na qual afirmaram ser necessário elevar o ICMS para garantir arrecadação maior após a entrada em vigor da Reforma Tributária.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, disse que o motivo real seria perda de arrecadação gerada pela limitação do imposto sobre combustíveis por Jair Bolsonaro (PL) em 2022.
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