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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Secretário de Segurança diz que críticos de operação no litoral são parentes de bandidos ou os idolatram

Operação Escudo deixou 28 mortos, a ação mais letal da polícia de SP desde o massacre do Carandiru

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São Paulo

Secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite disse que os críticos da Operação Escudo, que deixou 28 mortos no litoral paulista, têm parentesco com criminosos ou os idolatram.

A declaração foi dada em entrevista nas redes sociais do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nesta segunda-feira (13).

Derrite disse que pesquisas que não foram divulgadas pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) mostraram aprovação de 84% da população paulista à operação. Na Baixada Santista, segundo ele, o índice é de 90%.

"Aqueles 10% é parente de bandido ou alguém que idolatra o criminoso e acha que a policia é o malvado na historia", afirmou o secretário.

A operação é criticada por entidades de direitos humanos e é alvo de denúncias de tortura por moradores da região. Estudo da ONG Human Rights Watch (HRW) diz que falta de perícia e problemas em laudos e depoimentos da Polícia Militar prejudicam investigação das mortes na ação.

Na live, o secretário ainda endossou argumento de Eduardo Bolsonaro de que a população vê com bons olhos o trabalho dos policiais, em contraste com alguns setores críticos da imprensa.

"Essa guerra cultural que por vezes é propagada por alguns órgãos da imprensa não encontra dissonância [ressonância] na sociedade, está fora da realidade", disse Derrite, que recentemente afirmou que parte da imprensa é canalha e trabalha a favor de criminosos.

A Operação Escudo foi desencadeada em 28 de julho, dia seguinte à morte do soldado Patrick Bastos Reis, da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar).

Guilherme Derrite (esq.), secretário de Segurança Pública de São Paulo, durante evento no batalhão da Rota
Guilherme Derrite (esq.), secretário de Segurança Pública de São Paulo, durante evento no batalhão da Rota - Zanone Fraissat-16.out.2023/Folhapress

O PM foi baleado durante patrulhamento na Vila Zilda, em Guarujá. Ao longo da ação, ao menos 28 pessoas foram mortas, o que a tornou a mais letal da polícia paulista desde o massacre do Carandiru, em 1992.

Como mostrou o Painel, o ex-presidente Jair Bolsonaro sondou o secretário de Segurança a respeito da possibilidade de disputar a Prefeitura de São Paulo em 2024. Derrite tem dito a aliados que está refletindo a respeito do convite, mas que tende a continuar no governo de São Paulo.

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