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Bolsonaristas querem que ministra da Mulher explique definição de mulher

Cida Gonçalves vai comparecer a comissão para falar sobre medidas que incluem pessoas trans

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Brasília

Deputados bolsonaristas querem que a ministra Cida Gonçalves (Mulheres) explique na Câmara qual o público-alvo das políticas públicas adotadas pelo Ministério, sob argumento de que a ideia de que pessoas trans reivindiquem espaços das mulheres é irresponsável e misógina.

O comparecimento da ministra está marcado para quarta-feira (13) na comissão de Defesa dos Direitos da Mulher. O requerimento é de autoria da deputada bolsonarista Júlia Zanatta (PL-SC).

Ministra Cida Gonçalves terá que explicar definição de mulher a bolsonaristas na Câmara
Ministra Cida Gonçalves terá que explicar definição de mulher a bolsonaristas na Câmara - Evaristo Sá/AFP

Os bolsonaristas criticam, entre outras coisas, o fato de a ministra assinar uma portaria que trata da distribuição de absorventes para "pessoas que menstruam" —para eles, o documento deveria tratar de mulheres, excluindo pessoas trans da política pública.

Cida Gonçalves também defendeu, em entrevista em janeiro ao Poder 360, a participação de mulheres trans em modalidades esportivas, o que é condenado pelos bolsonaristas.

No requerimento, Zanatta afirma ver um avanço em decisões pautadas nas teorias de identidade de gênero autodeclarada. Segundo a parlamentar bolsonarista, isso "implica em risco, aumento de vulnerabilidade às mulheres, bem como a dissolução de conquistas da classe sexual feminina."

A deputada diz que o Ministério das Mulheres "não pode fechar os olhos e adotar tais tipos de políticas, desconsiderando a misoginia que permeia movimentos adeptos da ideologia de gênero."

Zanatta diz ainda ser "uma verdadeira ofensa que sujeitos do sexo masculino se intitulem como 'mulheres' porque se identificam com um suposto 'gênero feminino'".

"O nosso tempo histórico aponta a crescente onda de negacionismo em que a negação do sexo, marcador material, alicerçado na ciência biológica, está sendo substituído pelo marcador subjetivista de 'gênero' como uma performance que leva a autoidentificação ou não do indivíduo", escreve.

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