Ao tomar posse no STF (Supremo Tribunal Federal) em fevereiro, Flávio Dino será um raro caso de ex-governador a integrar a corte, o primeiro em 58 anos.
O caso mais recente é o de Oswaldo Trigueiro, governador da Paraíba entre 1947 e 1950, que foi nomeado para o Supremo em 1965 pelo presidente Castello Branco.
No STF, a expectativa é que a experiência de Dino como gestor no Maranhão ajude a trazer discussões da corte para o mundo real, especialmente nas relacionadas a questões econômicas e orçamentárias.
Dino será o 172º ministro da mais alta corte do país na história da República. Antes dele houve apenas outros 13 com alguma experiência em administrar estados, ou 7,5% do total.
Nem todos foram eleitos democraticamente. Laudo de Camargo, por exemplo, foi interventor federal em São Paulo em 1931 antes de ser nomeado para o tribunal no ano seguinte por Getúlio Vargas.
Também houve diversos casos no final do século 19 de ex-presidentes de Províncias no Império que foram indicados ao STF pelo novo governo republicano, num período em que as fronteiras entre os Poderes eram mais porosas.
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