O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) planeja realizar processo seletivo para escolher os militares que poderão trabalhar nas escolas cívico-militares. Como adiantou o Painel, o governador anunciou um projeto de lei sobre o tema, que encaminhará à Assembleia Legislativa de São Paulo ainda em dezembro.
Os militares, provavelmente da reserva, deverão atuar como monitores não armados nas escolas, encarregados especialmente de disciplinas extracurriculares cívico-militares.
Segundo o planejamento atual da gestão estadual, eles serão escolhidos por meio de processo seletivo conduzido pela Secretaria de Educação e atuarão como prestadores de tarefa por tempo determinado, sendo vedado prazo superior a dez anos.
A gestão Tarcísio planeja que a Secretaria de Educação, comandada por Renato Feder, centralize o processo de criação e administração dessas escolas em São Paulo. Toda a parte pedagógica das instituições ficará sob responsabilidade da pasta, e os militares deverão ficar subordinados administrativamente aos diretores das escolas.
A Secretaria de Educação também terá a atribuição de desenvolver uma metodologia de monitoramento das escolas participantes do programa, que então passará por uma avaliação anual para avaliar o atingimento ou não das metas.
Como mostrou a coluna, as comunidades escolares (professores, funcionários e alunos) serão consultadas para saber se desejam que a escola continue no modelo tradicional ou passe para o militar.
Ao falar sobre o projeto na quarta-feira (6), Tarcísio disse que essas escolas podem ensinar os alunos a ter "amor à pátria", disciplina e "boa formação. Ele ainda disse que desse modelo pode nascer "um novo [Jair] Bolsonaro".
"Nossa gestão defende a ordem e o progresso. E a ordem é necessária para alcançar o progresso. É importante que as pessoas aprendam valores como disciplina e respeito desde cedo", afirmou à coluna Arthur Lima, secretário da Casa Civil de Tarcísio.
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