Assessores do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, ficaram incomodados com a nota divulgada nesta terça-feira (6) pelo Conselho Nacional dos Direitos Humanos, em que o órgão aponta tentativa de censura ao jornalista Breno Altman pela Conib (Confederação Israelita do Brasil).
Segundo pessoas próximas a Almeida, ele avalia ter sido alvo de uma tentativa de constrangimento do órgão, que é formalmente vinculado ao ministério, mas tem autonomia operacional e decisória.
A nota se solidarizou com Altman, que vem criticando a Conib por sua defesa de Israel na ação contra o Hamas em Gaza. A entidade, por sua vez, entrou com ações judiciais contra ele pedindo remoção de publicações em redes sociais, acusando-o de antissemitismo.
De acordo com assessores, Almeida não foi consultado sobre o teor da nota do Conselho, que é formado por integrantes da sociedade civil e do poder público.
A avaliação na pasta é que o documento divulgado trabalha contra uma série de movimentos do ministro para tentar estabelecer pontos de diálogo entre a comunidade judaica e os palestinos contra o discurso de ódio.
Um aspecto que reforça a percepção de que se tratou de uma "armadilha" é o fato de que os documentos do Conselho que são tornados públicos têm em destaque o logotipo do órgão, reforçando que é autônomo.
Neste caso, foi utilizado um documento que tramitou internamente e tem a marca do ministério, o que teria dado uma falsa impressão de que se tratava de um posicionamento da pasta.
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