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Descrição de chapéu MST

Brasil reconhece violações em caso de trabalhador do MST morto em 1997

Estado brasileiro pediu desculpas à família de Manoel Luiz da Silva em audiência da Corte Interamericana de Direitos Humanos

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Brasília

O Estado brasileiro reconheceu nesta quinta-feira (8), em audiência da Corte Interamericana de Direitos Humanos, ter falhado no processo judicial envolvendo a apuração de violações de direitos do trabalhador rural Manoel Luiz da Silva, assassinado em maio de 1997 em São Miguel de Taipu (PB).

Cruzes em memória dos 19 mortos no massacre de 17 de abril de 1996 em Eldorado dos Carajás
Cruzes em memória dos 19 mortos no massacre de 17 de abril de 1996 em Eldorado dos Carajás - Gabriela Biló /Folhapress

A ação conjunta envolveu o Ministério de Direitos Humanos, o Itamaraty, a AGU (Advocacia-Geral da União), o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

Em maio de 1997, Manoel Luiz da Silva e outros integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) de um acampamento na fazenda Amarelo saíram para comprar querosene em uma mercearia. No trajeto, foram abordados e alvejados por empregados da fazenda Engenho Itaipu. O trabalhador rural foi baleado e morreu em decorrência dos ferimentos.

Após investigação policial, o Ministério Público do Estado da Paraíba ofereceu denúncia criminal contra dois acusados, que foram levados a julgamento pelo tribunal do júri e absolvidos.

As organizações Justiça Global, Dignitatis e Comissão Pastoral da Terra apresentaram o caso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que encaminhou à Corte Interamericana de Direitos Humanos, onde foi pedida a responsabilização internacional do Brasil por ofensa a direitos consagrados no Pacto de San José da Costa Rica, entre eles o de integridade pessoal, garantias judiciais e proteção judicial.

Na sessão desta quinta, a delegação brasileira, formada por representantes do ministério dos Direitos Humanos, do Itamaraty, da AGU e do Incra, reconheceu oficialmente a violação aos direitos às garantias judiciais e à proteção judicial da vítima.

O Brasil apresentou pedido de desculpas oficial aos familiares de Manoel da Silva, reconhecendo a violação ao direito à integridade pessoal da família do trabalhador rural.

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