Secretária de Direitos Humanos e Cidadania da gestão Ricardo Nunes (MDB), Soninha Francine afirma que é contra a ida do prefeito ao ato convocado por Jair Bolsonaro (PL) para 25 de fevereiro, na avenida Paulista.
Nunes disse nesta sexta-feira (16) que deve comparecer à manifestação organizada em reação à operação da Polícia Federal que investiga trama golpista para manter Bolsonaro na Presidência.
"Sou contra e é claro que o prefeito sabe que eu sou. Ele não nos obriga a nada nem nos censura", afirma Soninha.
Um dos argumentos apresentados por Nunes para participar do ato é o de que tem gratidão a Bolsonaro por acordo que encerrou a disputa entre Prefeitura de São Paulo e União em relação ao Campo de Marte.
"É grato ao ex-presidente Bolsonaro, mas não é bolsonarista — até porque prestigia muito a Secretaria de Direitos Humanos, inclusive com um baita de um orçamento. Executamos em 2023 mais do que o Ministério de Direitos Humanos", acrescenta Soninha.
Parte dos aliados de Nunes tenta convencê-lo a não ir no protesto, sob o pretexto de que sua presença poderia ser interpretada como endosso à contestação de Bolsonaro à Polícia Federal e ao Judiciário.
Por outro lado, Nunes teme perder o apoio eleitoral do ex-presidente caso não compareça à manifestação.
Caso seja processado e condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, Bolsonaro poderá pegar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos.
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