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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu São Paulo

Nunes ouve críticas a coronel vice em primeiro evento após anúncio

'Favela é tudo menos arma', disse líder comunitário na Vila dos Andrades, na zona norte

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São Paulo

Em seu primeiro evento público após o anúncio do coronel da reserva Ricardo de Mello Araújo (PL) como seu vice, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) ouviu críticas à aliança.

Neste sábado (22), o prefeito participou de inauguração de um campo de futebol na Vila dos Andrades, na zona norte da capital.

No palco, ao lado de Nunes, Guilherme Corrêa, líder comunitário e membro do movimento Salve Periférico, disse que viu no noticiário que Jair Bolsonaro (PL) estava indicando Mello Araújo como vice na chapa.

"Nós que somos favela não aceitamos mais armas na comunidade. A gente quer livros, Bíblia, pessoas com o olhar social. Favela é tudo menos arma. Favela não tem vagabundo", disse Corrêa.

Como comandante da Rota, batalhão de elite da Polícia Militar paulista também conhecido pelo alto grau de letalidade e relatos de violência policial, Mello Araújo defendeu a diferença de tratamento em abordagens policiais nos Jardins (área nobre de São Paulo) e na periferia.

"É uma outra realidade. São pessoas diferentes que transitam por lá. A forma dele abordar tem que ser diferente. Se ele [policial] for abordar uma pessoa [na periferia], da mesma forma que ele for abordar uma pessoa aqui nos Jardins [região nobre de São Paulo], ele vai ter dificuldade. Ele não vai ser respeitado", disse ao UOL em 2017.

Líderes partidários e vereadores têm alertado Nunes sobre a dificuldade que Mello Araújo deve trazer para a campanha em algumas regiões periféricas de São Paulo nas quais a Polícia Militar não é bem vista.

Em 2022, com Rodrigo Garcia (então no PSDB) como candidato a governador de São Paulo, e em 2020, com Bruno Covas (PSDB) buscando a reeleição como prefeito, vereadores relatam que foram barrados de fazer campanha em algumas regiões da cidade.

O motivo apontado era o fato de que o PSDB comandava o governo de São Paulo e, consequentemente, a Polícia Militar.

Como mostrou o Painel, vereadores da base de Nunes que atuam nessas regiões temem o efeito de terem o nome de Mello Araújo nos "santinhos" e demais materiais de campanha.

Da esq. para a dir., o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) e o coronel Mello Araújo (PL) após almoço na capital paulista
Da esq. para a dir., o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) e o coronel Mello Araújo (PL) após almoço na capital paulista - Rafaela Araújo-14.jun.2024/Folhapress

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