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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Empresários avaliam que Câmara deve decidir rápido sobre prisão de deputado para não atrasar economia

Demora pode prejudicar investimentos no país, diz presidente de associação setorial

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São Paulo

O imbróglio sobre a prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) acendeu um sinal amarelo no empresariado ansioso pelo andamento da agenda econômica no Legislativo. A avaliação é que o caso precisa ser resolvido o mais rápido possível para não atrapalhar as expectativas, que ganharam um clima positivo nas últimas semanas, após as eleições dos candidatos do governo para o Congresso. A Câmara marcou para esta sexta-feira (19) a votação sobre o caso.

O parlamentar foi preso na terça (16) após publicar vídeos com ataques a ministros do STF.

Luigi Nese, presidente da CNS (Confederação Nacional dos Serviços), que há anos faz campanha pelo avanço de uma reforma tributária, diz que o caso Daniel Silveira atrapalha o timing. “As pessoas agora estão preocupadas com a prisão do deputado, se o Judiciário agiu certo ou errado. Essa intromissão do Judiciário no Legislativo e no Executivo, e vice-versa, é ruim”, afirma.


Apesar do alerta, ainda se espera solução rápida. José Augusto de Castro, presidente da AEB (associação de comércio exterior), estima que o Congresso não terá ânimo para prolongar o assunto. “Quanto mais tempo se perde com isso, mais se remói algo que não traz nada de bom. A demora tem consequência ruim para o setor empresarial e os investimentos”, diz.


Para Paulo Solmucci, presidente da Abrasel (associação de bares e restaurantes), a crise atual tira momentaneamente a atenção da pauta econômica, mas traz lições importantes, como o aprofundamento da discussão sobre liberdade de expressão e os vídeos nas redes sociais.

Na opinião de João Diniz, presidente da Cebrasse (Central Brasileira do Setor de Serviços), o resultado pode ajudar a conter o radicalismo.

"Está sendo dada a resposta institucional devida. O Congresso vai decidir rapidamente e isso passa a servir como norte para os mais radicais, para entenderem até onde podem ir ou não", diz.

Para Fernando Pimentel, presidente da Abit (setor têxtil), mesmo que haja alguns dias de atraso nas discussões das reformas, Congresso e STF vão encontrar uma solução breve, sem afetar a relação dos parlamentares com o governo.

Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini

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