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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Empresário que foi alvo da PF após mensagem golpista diz que apoiará resultado das urnas

Dono do Barra World Shopping diz que mensagens foram tiradas do contexto

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São Paulo

Um dos alvos da operação da Polícia Federal desta terça (23) sobre o grupo de WhatsApp de empresários que trocou mensagens golpistas, José Koury, dono do Barra World Shopping, divulgou um comunicado nesta quarta (24) para falar sobre o caso. Disse que suas falas foram tiradas do contexto, que defende a liberdade de expressão e que gera emprego no país. Afirmou também que vai apoiar seja quem for eleito em outubro.

Koury, que ainda não havia se posicionado publicamente sobre o assunto, afirma que os comentários que ele fez no grupo não estão relacionados ao Barra World.

"Achamos estranho que todas as matérias mencionem em destaque as empresas das pessoas físicas", escreveu o empresário em nota.

José Koury, do Barra World Shopping
José Koury, do Barra World Shopping - Reprodução

Segundo a reportagem do portal Metrópoles que revelou o conteúdo das conversas trocadas no grupo de WhatsApp, Koury escreveu que preferia um golpe à volta do PT.

"Entendo que o ministro Alexandre de Moraes tomou a decisão que lhe pareceu correta, após receber denúncias e tomar conhecimento das matérias publicadas na imprensa", escreveu.

Na nota divulgada nesta quarta, Koury afirma também que o grupo reúne pessoas com orientações políticas diversas.

"Os prints exibidos pela mídia foram usados completamente fora do contexto em que foram postados. O referido grupo de WhatsApp tem mais de 200 participantes, de diversas ideologias políticas, em um amplo espaço de debate, plural e democrático. As pessoas que estão no grupo comentam vários assuntos, emitem opiniões, divergem e discutem sem a menor preocupação de serem mal interpretadas", diz a nota.

Ele também nega que tenha acontecido qualquer articulação para um golpe de Estado.

"Pensar em organizar uma 'conspiração' dentro de um grupo de WhatsApp com cerca de 200 pessoas com tendências políticas de esquerda, direita e até mesmo de centro, onde a maioria nem se conhece, me parece uma teoria muito fantasiosa. Eu, por exemplo, só conheço pessoalmente duas ou três pessoas do grupo", afirma a nota.

Por fim, o empresário disse que é democrático e que defende a liberdade de expressão.

"Tenho 64 anos, trabalho pelo menos 12 horas por dia desde os 16 anos de idade, e sempre fui defensor da democracia e da livre liberdade de expressão e de pensamento. No grupo estão reunidos empresários e executivos que geram milhares de empregos, homens de bem, que têm família, pagam impostos e batalham muito para tornar o Brasil cada dia melhor. Aquele que for eleito, seja de que partido for, terá nosso apoio integral", escreveu o empresário.

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

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