Na contramão de uma série de indústrias que elevaram suas previsões de crescimento após a divulgação do PIB do segundo trimestre na quinta (1º), o setor automotivo não revisou seus indicadores para o ano, segundo a Anfavea (associação das montadoras).
A entidade afirma que a retomada está acontecendo aos poucos, depois de um primeiro trimestre muito ruim.
Em setembro, pela primeira vez em meses, não houve registro de fábricas paradas pela falta de semicondutores, segundo a Anfavea.
No entanto, para bater as previsões do começo do ano, a associação estima que o segmento precisará vender cerca de 9.500 veículos por dia. Em janeiro, o setor vendia 6.000 unidades por dia, em média. O maior patamar do ano foi registrado em maio e junho, quando foram comercializados diariamente cerca de 8.500 automóveis em cada mês.
A expectativa é que um retorno próximo à normalidade só aconteça em 2024.
Nos últimos dois dias, após a divulgação dos dados do IBGE, os segmentos de tecido, restaurantes, plástico, dispositivos médicos, construção, calçados e equipamentos de segurança elevaram suas expectativas de crescimento.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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