Quatro anos após a constatação de irregularidades em documentos de segurança, o Mercado Municipal de São Paulo, um dos pontos turísticos mais procurados da capital paulista, está fora de perigo. A concessionária que administra o espaço pediu o fim de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público paulista por irregularidades apontadas pelo Corpo de Bombeiros.
Na petição enviada ao Tribunal de Justiça de São Paulo, em maio deste ano, consta que o Mercadão não tinha o chamado AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) e que oferecia riscos à segurança de lojistas e clientes caso houvesse incêndio.
No local, trabalham 1.500 funcionários para o funcionamento de 290 pontos de venda, que atraem a circulação de 50 mil pessoas semanalmente.
Os problemas iam desde falhas no sistema de detecção de fumaça até instalações elétricas e hidráulicas fora dos padrões exigidos em lei. Além disso, não havia extintores adequados, nem profissionais treinados para evitar acidentes com fogo.
Em maio, a juíza Liliane Keyko Hioki pediu que a concessionária Mercado SP, que administra o Mercadão desde 2021, se manifestasse.
Aldo Bonametti, CEO da empresa, disse à coluna que os bombeiros já liberaram o documento de vistoria há pouco mais de duas semanas tanto para o Mercadão quanto para o Kinjo Yamato, que fica ao lado.
Bonametti informa que o AVCB foi solicitado aos Bombeiros, mas uma nova licitação do espaço acabou interrompendo o processo de vistoria até 2021.
"Nós assumimos o prédio e apresentamos outro projeto, com um novo layout. Esse projeto foi aprovado pelo Corpo de Bombeiros há algum tempo e ele implicava em obras de adequação, que já foram finalizadas. Foi aí que obtivemos o AVCB", disse Bonametti.
Ele afirma que, atualmente, além do AVCB, o Mercadão conta com uma brigada de incêndio e promoveu a atualização das instalações de prevenção contra incêndios, da parte elétrica, hidráulica, dos detectores de fumaça, da iluminação de emergência e portas corta-fogo.
A regularização do Mercadão ocorreu no final do mês passado. O MP ainda precisa se manifestar no processo, o que está previsto para os próximos dias.
Com Diego Felix
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