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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu transporte público

Recorde da ANTT em marco regulatório dos ônibus leva competidores a cogitar Justiça

Novos entrantes afirmam que documentos continuam em sigilo; parecer fica pronto nesta quinta e será julgado no mesmo dia

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São Paulo

Empresas de ônibus que operam por aplicativos, como Buser e FllixBus, avaliam recorrer à Justiça contra uma suposta manobra da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), que tenta, com o recesso do Congresso, aprovar o novo marco regulatório do transporte de passageiros interestaduais, o chamado Trip.

O julgamento está marcado para esta quinta (21), mas as empresas reclamam que todos os documentos estão com acesso restrito desde agosto, quando o processo entrou na geladeira da ANTT.

Ônibus trafega em estrada
A Buser é uma das novas companhias interessadas na nova legislação em discussão na ANTT - Divulgação/Buser

No fim de novembro, o caso foi encaminhado para a procuradoria (braço da AGU na agência) e, 15 dias depois, designado a um relator. Ele dará seu parecer nesta quinta, mesmo dia da sessão de julgamento, algo considerado como um recorde pelas competidoras.

Esse grupo afirma que deputados e senadores favoráveis à abertura do mercado pressionam a ANTT pela transparência desse processo. Em outra frente, senadores ligados ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendem a manutenção de barreiras de entrada.

Os novos concorrentes consideram que a própria decisão da agência de marcar a reunião da diretoria para a última semana útil do ano foi uma forma de evitar ações de congressistas.

Essa situação ocorre em decorrência de uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que, em março, confirmou o entendimento da lei que garante uma simples autorização para quem pretende operar uma rota no país.

O Supremo foi provocado por grupos interessados na abertura do mercado que, segundo eles, está dominado por grandes empresas tradicionais.

Sem saída, a ANTT teve de cumprir a decisão e regulamentar o segmento.

Consultada, a agência disse que todo o processo de atualização do marco regulatório está seguindo rito legal e que as manifestações de empresas do setor durante audiência pública, no início de agosto, foram analisadas tecnicamente e farão parte do relatório final.

Com Diego Felix

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