Autopeças instaladas no Nordeste que perderam benefícios fiscais na Reforma Tributária criticam a atuação do deputado paraibano Hugo Motta (Republicanos) por ter proposto o fim de incentivos em sua própria região.
A mais afetada é a Baterias Moura, instalada em Pernambuco e líder na América Latina em seu segmento.
Logo após a votação da Reforma, na semana passada, a companhia se disse surpresa e lamentou a "falta de visão de futuro para um setor intensivo em mão-de-obra e determinante para o crescimento" do país.
À coluna, o deputado Hugo Motta afirmou que a função socioeconômica dos benefícios tributários para as empresas de autopeças foi cumprida. E informou que a Baterias Moura recebe incentivo há quase 30 anos.
Para ele, não é plausível que uma empresa tenha isenções a vida toda, ainda mais reportando lucros como é o caso da Moura. "Agora, a hora é de contribuir, assim como muitos cidadãos e empresas fazem. Temos que pensar na melhoria da competitividade de outros estados do Nordeste, a exemplo da Paraíba, que ficou a reboque de Pernambuco ao longo dos anos", disse o deputado.
Após uma longa queda de braço envolvendo governadores e empresas do setor automotivo instaladas nas regiões Sul-Sudeste e Norte-Nordeste, a Câmara manteve até 2032 os incentivos fiscais das montadoras no eixo-norte, retirando as autopeças.
Com Diego Felix
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