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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Com queda nas vendas de ovos de Páscoa, Bauducco aposta na colomba

Companhia investe para que iguaria da Páscoa seja mais perene em vendas, a exemplo do panetone, que já chega às lojas a partir de outubro

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São Paulo

Com a queda nas vendas de ovos de Páscoa, a Bauducco decidiu investir pesado na produção de colombas pascais e pretende fazer com que elas se perenizem no gosto do brasileiro, como ocorreu com o seu panetone.

Segundo André Britto, chefe do departamento de marketing da companhia, neste ano, a marca ultrapassou 10 milhões de unidades produzidas voltadas para uma fatia de mercado que deixou de comprar ovos de Páscoa e está, cada vez mais, fugindo dos altos preços nesta época do ano.

A Bauducco está apostando na colomba pascal para ganhar parte do mercado em declínio de ovos de Páscoa
A Bauducco está apostando na colomba pascal para ganhar parte do mercado em declínio de ovos de Páscoa - Divulgação

Dados da NielsenIQ mostram que, para este ano, 69% dos consumidores revelaram que não devem comprar ovos de Páscoa. O estudo aponta que o principal motivo para essa mudança de comportamento é o preço elevado dos ovos tradicionais.

Famosa pelos panetones, a Bauducco quer se aproximar do tamanho de mercado da Itália, o maior do mundo. Lá, as colombas representam cerca de 30% da venda de panetones. No Brasil, essa participação não chega a 10%.

"Tivemos uma produção recorde de colombas e acreditamos que existe fôlego para expandir", disse Britto.

A faixa de preço varia entre R$ 7 e R$ 30, sendo que o produto também é comercializado na versão com chocolate.

Para estimular ainda mais as vendas, a Bauducco apostou também em versões menores, com valores mais baixos e que servem tanto para o consumidor que quer algum petisco ocasional, quanto para quem quer presentear.

Uma das metas da companhia é criar no mercado de colombas a mesma antecipação do panetone, que deixou de ser um alimento consumido apenas no período natalino.

"O consumo [de panetone] já acontece em outubro", disse Britto. "A gente quer [isso] com a colomba, com as pessoas começando a comprar em fevereiro."

Rebranding

Para este mês, a companhia segue promovendo uma renovação das marcas do varejo e da Casa Bauducco, cafeteria que oferece linhas exclusivas dos produtos já encontrados nos supermercados.

O rebranding teve início no final do ano passado, em que a marca abandonou o slogan "da família Bauducco para a sua família" e adotou "Bauducco, um sentimento chamado família". Além disso, os símbolos da marca adquiriram uma nova grafia e novos jogos de cores.

A Casa Bauducco passou por uma repaginação e as lojas estão com uma nova decoração
A Casa Bauducco passou por uma repaginação e as lojas estão com uma nova decoração - Divulgação

Na Casa Bauducco, projeto que chega aos 12 anos em 2024, a companhia foi a Turim (Itália) buscar inspiração nas raízes de seus fundadores para a nova decoração.

A primeira unidade da cafeteria, inaugurada no Shopping Eldorado, em São Paulo, já está funcionando com a nova identidade visual e o plano é, aos poucos, adequar as outras 160 lojas da marca —a próxima será a do aeroporto de Guarulhos (SP).

Para os próximos 12 meses, a meta da Bauducco é abrir 50 novas lojas e reformar, seguindo o novo padrão, outras 50 unidades que já estão em operação pelo país.

Até 2030, o objetivo é chegar a 500 lojas no Brasil.

Com Diego Felix

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