A associação de moradores dos Jardins, bairro nobre de São Paulo, pressiona o prefeito Ricardo Nunes para vetar a Lei de Zoneamento, porque, entre tantos pontos, ela amplia a presença de comércio e de incorporadoras na região.
A revisão do Zoneamento foi feita no final de 2023, mas o texto voltou ao Legislativo após técnicos da prefeitura identificarem erros nos mapas que serviram de base para a lei.
O que seria uma revisão pontual, se tornou um pacote de atualizações que, na visão de arquitetos e urbanistas, favoreceu construtoras que buscam espaços na área nobre da cidade para a construção de prédios mais altos.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) terá até segunda (29) para sancionar ou vetar a lei.
A AME Jardins espera que, se não acontecer o veto na íntegra, que Nunes pelo menos barre três emendas (27, 28 e 29), que promoverão, segundo a associação, a "destruição de áreas até então preservadas" para moradia.
Nos três artigos, os vereadores abriram espaço para que zonas exclusivamente residenciais se tornem mistas, com a abertura de comércios e construção de prédios mais altos.
Também foi incluída a mudança de zoneamento em regiões com corredores de ônibus e metrôs, além da possibilidade de adensamento misto nesses perímetros com fluxo de transporte.
A associação montou, inclusive, um abaixo-assinado que se soma a outras iniciativas de moradores em bairros nas zonas Sul e Oeste da capital.
No início do mês, 12 associações acionaram o Ministério Público contra as mudanças no Zoneamento e pediram a abertura de um inquérito civil.
Com Diego Felix
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