Rogério Gentile

Jornalista, foi secretário de Redação da Folha, editor de Cotidiano e da coluna Painel e repórter especial.

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Justiça condena quadrilha acusada de faturar R$ 90 mi por ano com o jogo do bicho

Com a ajuda de policiais, de acordo com as investigações, família Virtuoso comanda cerca de 200 pontos de aposta, situados em Santos, São Vicente e na Praia Grande

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A Justiça de São Paulo condenou 14 pessoas acusadas de integrar uma quadrilha que, segundo as estimativas do Ministério Público, arrecada cerca de R$ 90 milhões por ano com jogo do bicho no litoral paulista.

Entre os condenados estão familiares do banqueiro do jogo do bicho Carlinhos Virtuoso: a ex-mulher Iriana Bottene e os três filhos Eduardo, Bernardo e Maria Augusta Virtuoso.

Com a ajuda de policiais, de acordo com as investigações, a família Virtuoso comanda cerca de 200 pontos de aposta, situados em Santos, São Vicente e na Praia Grande.

O dinheiro arrecadado seria lavado por meio de várias empresas, incluindo um restaurante, lojas e uma especializada em realizar eventos.

Carlinhos Virtuoso, que sucedeu ao pai Damasco Virtuoso, falecido em 2007, já estava condenado em outros processos, e não foi julgado agora.

Recibo de aposta de jogo do bicho - Ricardo Borges/Folhapress

Mesmo na cadeia, de acordo com a Promotoria, ele comandava a banca Damasco, distribuindo ordens por meio dos filhos e de uma secretária. A contabilidade do clã era guardada em sacos de lixo.

De acordo com a sentença, Eduardo Virtuoso, filho mais novo de Carlinhos, exercia um papel importante na organização, sendo o porta-voz do pai. Ele foi condenado a 11 anos e seis meses de prisão em regime fechado, por organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Os familiares de Carlinhos negam terem cometido crimes e afirmam que houve cerceamento da defesa. Segundo eles, “não praticaram quaisquer atos ilícito”.

“Não consta dos autos qualquer prova de que Eduardo fosse o responsável por repassar as ordens do pai às pessoas que supostamente trabalhariam para este na atividade contravencional”, afirmou a defesa.

Eles poderão recorrer da decisão em liberdade, mas estão proibidos de deixar a Baixada Santista e a Grande São Paulo sem autorização judicial.

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