Rogério Gentile

Jornalista, foi secretário de Redação da Folha, editor de Cotidiano e da coluna Painel e repórter especial.

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Justiça bloqueia lucro de leilão de veículos de Emerson Fittipaldi

Ex-piloto responde a série de processos de cobrança de dívidas; defesa não respondeu

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A Justiça paulista determinou o bloqueio dos valores que vierem a ser obtidos pelo ex-piloto Emerson Fittipaldi no leilão de sua coleção de veículos.

A decisão foi tomada pela juíza Rosana Santiso em um processo no qual a empresa Sol Logística e Transporte cobra uma dívida do bicampeão mundial de Fórmula 1 por serviços prestados em 2012 para uma competição organizada por Fittipaldi, a "6 horas de São Paulo", uma prova de automobilismo do Campeonato Mundial de Marcas.

A coluna procurou a defesa do ex-piloto, mas não obteve resposta.

O ex-piloto Emerson Fittipaldi chega ao autódromo de Monza para assistir ao Grande Prêmio da Itália deste ano - Jennifer Lorenzini - 11.set.2022/Reuters


A empresa soube que Fittipaldi pretendia leiloar seus veículos por uma reportagem publicada pela repórter Paula Gama no UOL em 19 de outubro. De acordo com a reportagem, a coleção inclui uma viatura da polícia americana dos anos 1950, carros de competição da categoria A1 Grand Prix, lanchas e até um avião.

A coleção está guardada em um galpão da Milan Leilões, em São Paulo. A empresa pretende dividir os veículos em lotes para, na sequência, realizar o leilão.

Além do bloqueio, a juíza determinou que a Milan Leilões informe o valor dos bens do acervo de Fittipaldi.

De acordo com o processo, em 2015 uma empresa de Fittipaldi (a Novo Horizonte) foi condenada a pagar cerca de R$ 31 mil à Sol Logística e Transporte. O processo transitou em julgado, ou seja, não cabe mais recurso em relação ao mérito.

A juíza Rosana Santiso pediu que a Sol apresente o cálculo atualizado do débito, o que leva em consideração a correção monetária, os juros e eventuais multas.

A Novo Horizonte, assim como Fittipaldi, não apresentou defesa no processo, mas ainda pode questionar a decisão do bloqueio dos valores.

O ex-piloto responde atualmente a uma série de processos de cobrança abertos na Justiça por credores.

Em 2020, em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", afirmou passar por dificuldades financeiras, mas que está trabalhando para quitar todas as dívidas.

"Primeiramente, nunca escondi nenhum patrimônio. Já paguei muita dívida e estou pagando e vou liquidar tudo", afirmou à época. "Os caras inventaram esse negócio, me deixou com uma imagem péssima, foi algo diabólico, e que não tem nada a ver com a realidade."

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